Foto: EFE/ André Coelho
O presidente argentino Javier Milei, conhecido por sua postura antissistema, reafirmou seu compromisso com a liberdade de expressão e a soberania nacional durante a Cúpula de Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro. O governo argentino esclareceu que, embora tenha assinado a declaração final da cúpula, rejeitou trechos vinculados à controversa Agenda 2030, destacando que o sistema de cooperação internacional enfrenta uma profunda crise.
De acordo com um comunicado oficial do Gabinete da Presidência da República Argentina, a adesão foi feita com ressalvas. “O governo assinou a declaração dos presidentes, desvinculando-se parcialmente de todo o conteúdo vinculado à Agenda 2030”, afirmou a nota.
A Agenda 2030, adotada pela ONU em 2015, propõe metas globais como a erradicação da pobreza e a proteção ambiental. No entanto, Milei criticou abertamente pontos que considera ameaças à liberdade e à autonomia dos Estados.
– Não acompanhamos a limitação da liberdade de expressão nas redes sociais, a violação da soberania nacional pelas instituições globais, o tratamento desigual perante a lei e a ideia de que a intervenção estatal combate a fome – destacou o comunicado oficial.
“Tirar o Estado do caminho é a solução!”
Fiel a seu discurso libertário, Milei argumentou que a desregulamentação da economia e a liberdade de mercado são fundamentais para enfrentar a pobreza. “Se quisermos combater a fome e erradicar a pobreza, a solução está em tirar o Estado do caminho”, reforçou o presidente.
Ele defendeu o capitalismo de livre mercado como o motor da prosperidade, lembrando que este modelo já tirou 90% da população mundial da pobreza extrema e dobrou a expectativa de vida global.
Crítica ao sistema internacional
O governo argentino aproveitou para apontar falhas no modelo de governança internacional vigente. “Quase 70 anos após sua criação, é evidente que o sistema de cooperação internacional está em crise e se desvia de seu propósito original de proteger os direitos básicos das pessoas”, afirmou o comunicado.
Argentina adere à iniciativa de Lula
Apesar das críticas, a Argentina surpreendeu ao aderir de última hora à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com essa decisão, a aliança passa a contar com 148 membros fundadores, incluindo países, organizações internacionais e instituições financeiras, como o Banco Mundial e as fundações Rockefeller e Gates.
Com informações de EFE.
Conteúdo produzido com auxílio de IA.