Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados
O clima esquentou no Congresso! O Partido dos Trabalhadores (PT) apresentou, nesta quarta-feira (20), um pedido ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para o arquivamento do polêmico PL 2.858/2022, que propõe anistia aos envolvidos nas manifestações do 8 de Janeiro.
O requerimento foi liderado pela deputada federal e presidente do partido, Gleisi Hoffmann (PR), e pelo líder da sigla na Câmara, Odair Cunha (MG), em resposta direta às descobertas recentes da Polícia Federal. A investigação revelou um plano articulado por militares e um policial federal para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
“Anistia como estímulo a extremistas”, acusa o PT
O texto do pedido de arquivamento não poupou críticas. Segundo a nota divulgada, “a gravíssima trama criminosa dos chefes do golpe, que poderiam vir a se beneficiar da anistia proposta, demonstra a urgência de barrar essa pauta. A perspectiva de perdão tem servido de estímulo a indivíduos ou grupos extremistas de extrema direita.”
O PL da Anistia vinha sendo usado como moeda de troca política, especialmente na corrida pela sucessão de Lira na presidência da Câmara. O projeto chegou a tramitar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas foi transferido para uma comissão especial após decisão de Lira.
Atentados fortalecem pedido de arquivamento
A morte de Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, que jogou explosivos contra o prédio do STF no dia 13 de novembro, foi um dos episódios destacados no pedido do PT. Segundo Gleisi e Cunha, os recentes ataques e a revelação de um plano para assassinar autoridades de alto escalão reforçam a “perda de oportunidade” de seguir com a matéria.
“Punhal Verde e Amarelo”: a trama sinistra
A tensão política escalou após a operação autorizada por Alexandre de Moraes na terça-feira (19). A ação prendeu militares envolvidos no suposto plano “Punhal Verde e Amarelo”, que, segundo a PF, visava eliminar Lula, Alckmin e Moraes.
Entre os presos estão:
- General da reserva Mário Fernandes;
- Tenente-coronel Helio Ferreira Lima;
- Major Rodrigo Bezerra Azevedo;
- Major Rafael Martins de Oliveira;
- Policial federal Wladimir Matos Soares.
A PF descreveu a operação como um esquema minucioso, envolvendo conhecimento técnico-militar avançado e que teria sido coordenado por figuras ligadas às Forças Especiais.
O arquivamento do PL é mais uma peça nesse quebra-cabeça de conflitos entre as alas conservadoras e progressistas. Com a decisão final nas mãos do presidente da Câmara, o desfecho dessa história promete mexer ainda mais com o cenário político nacional.
Com informações de Metrópoles
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