Foto: Reprodução
A morte brutal do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, no último dia 8, no Aeroporto Internacional de São Paulo, revelou algo que muitos preferem ignorar: o envolvimento do crime organizado com autoridades do próprio Estado. Em declarações bombásticas, a desembargadora Ivana David, ex-juíza corregedora dos presídios paulistas, deixou claro: “Uma organização criminosa não sobrevive sem os braços dados com o estado.”
“O ESTADO E O CRIME: UMA SIMBIOSE PERIGOSA!”
Em entrevista ao Metrópoles, Ivana David, que testemunhou a ascensão do PCC desde os anos 90, apontou com precisão a participação do Estado no fortalecimento do crime organizado. “Celular não voa nem anda sozinho, alguém colocou ele dentro da cadeia e, isso, é fruto de corrupção. E essa troca de favores criminosos não para por aí”, declarou a desembargadora. Segundo ela, o Estado é muitas vezes cúmplice, ajudando com lavagem de dinheiro, homicídios, narcotráfico e diversas outras ilegalidades.
O assassinato de Gritzbach, que havia feito um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MPSP), expôs diretamente a relação de corrupção. O corretor revelou em seu depoimento que dois policiais civis do DHPP exigiram R$ 40 milhões para proteger seu nome em uma investigação sobre a morte de dois membros do PCC. O desvio de milhões de reais, a manipulação de investigações e a troca de favores por dinheiro sujo mostraram, sem sombra de dúvida, a podridão dentro do sistema.
“MILHÕES EM PROPINA: O PROVEITO DO CRIME!”
A investigação revelou uma verdadeira rede de corrupção. No depoimento da vítima, Gritzbach afirma que os policiais Fábio Baena Marin e Eduardo Lopes Monteiro receberam ao menos R$ 11 milhões para manipular inquéritos de homicídios e tráfico de drogas, envolvendo diretamente o PCC. A revelação chocante escancarou o desvio de recursos e o conluio entre policiais e criminosos.
Sobre o caso, Ivana David fez questão de ressaltar que as corregedorias das polícias Civil e Militar precisam agir com firmeza para responsabilizar os envolvidos, com afastamento imediato e abertura de processos administrativos e criminais.
“POLICIAIS ENVIADOS A AFASTAMENTO E O CRIME ORGANIZADO EM CRESCIMENTO!”
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também não descartou a possível participação de policiais no homicídio de Gritzbach. Apesar de ainda não haver provas concretas de envolvimento direto no assassinato, ele enfatizou que a organização criminosa estava por trás do crime. “A participação de policiais não está descartada. As corregedorias continuam trabalhando”, afirmou Derrite.
Até o momento, cinco suspeitos já foram identificados e a polícia continua a investigação, com o DHPP recebendo informações vitais. A recompensa de R$ 50 mil por informações sobre o olheiro do crime, Kauê do Amaral Coelho, também foi oferecida.
Com informações de Metrópoles.
Conteúdo produzido com auxílio de IA.