Redação 
Foto: Ricardo Stuckert
Em uma articulação política que deixou os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro de cabelo em pé, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) garantiu o apoio do PT para a disputa à presidência do Senado, prevista para fevereiro de 2025. Com a bancada petista, composta por nove senadores, o ex-presidente da Casa dá passos largos rumo à sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
O acordo com o PT não foi nada modesto: os petistas ganharão a segunda vice-presidência do Senado e o comando de duas comissões estratégicas, incluindo a de educação. Os nomes ainda serão definidos internamente pela bancada, mas o recado é claro: Alcolumbre aposta alto em alianças, mesmo que isso signifique romper laços com o bolsonarismo.
Apesar de ter sido um dos nomes fortes da base de Bolsonaro em votações decisivas, a aproximação com o PT sinaliza um afastamento definitivo do campo conservador. Com apoio de partidos como PSB, PDT, União Brasil, PL e PP, Alcolumbre constrói uma base ampla, capaz de navegar por um cenário político marcado pela polarização.
“Traição ou pragmatismo?”
Para muitos conservadores, especialmente os aliados mais próximos de Bolsonaro, a movimentação de Alcolumbre é vista como traição. A articulação é um golpe para o campo da direita, que esperava manter influência no comando do Senado. “Isso mostra que a velha política segue viva e forte. O toma-lá-dá-cá não morreu,” comentou um analista político conservador.
Enquanto isso, o Republicanos, partido com forte alinhamento ao bolsonarismo, ainda não declarou apoio oficial ao senador amapaense. Contudo, Mecias de Jesus (RR), líder da sigla no Senado, deixou em aberto a possibilidade de apoiar Alcolumbre, o que adiciona um tempero a mais nessa disputa.
Impactos no governo Lula
Essa aproximação com o PT tem implicações diretas para a relação do Senado com o governo Lula. Alcolumbre, conhecido por sua habilidade em construir alianças, agora se apresenta como uma ponte entre a esquerda e outros setores do Congresso. A estratégia, embora arriscada, consolida o senador como um jogador de peso no tabuleiro da política brasileira.
Com informações de Hora Brasília.
Conteúdo produzido com auxílio de IA.
