

O gigante imobiliário chinês Evergrande anunciou nesta segunda-feira, 3, a suspensão da negociação de suas ações na Bolsa de Valores de Hong Kong. A empresa não informou o motivo da decisão.
O anúncio ocorreu depois de a imprensa local noticiar que a companhia foi ordenada a demolir, num prazo de dez dias, 39 edifícios na Província de Hainan. As autoridades da região comunicaram que a licença para construir os prédios foi obtida de maneira ilegal.
Conforme noticiou Oeste, a construtora tem dívida acumulada em mais de US$ 300 bilhões. Essa crise financeira causou um baque na economia chinesa. Em dezembro de 2021, por exemplo, as vendas de imóveis caíram 26% no país, em comparação com o mesmo mês de 2020.
Reflexos na Bolsa de Hong Kong
A ordem de demolição em Hainan refletiu nas ações do setor imobiliário na China. Um índice que reúne esses papéis fechou em queda de 1,7% na Bolsa de Valores de Hong Kong.
O endividamento das incorporadoras é fonte de preocupação dos investidores. Apenas em janeiro, as empresas precisam levantar US$ 197 bilhões em recursos para cumprir com suas obrigações de dívidas.
No passado, as ações da Evergrande caíram 89% justamente em razão das dificuldades crescentes da empresa de pagar os credores. Conforme noticiamos, a incorporadora passou a ser categorizada como default (inadimplente) pelas agências de classificação de risco.
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