Foto: Pedro França / Agência Senado
O tenente-coronel Mauro Cid, que ocupou o cargo de ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, negou qualquer envolvimento ou conhecimento sobre um suposto plano de assassinato de autoridades, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
A declaração foi dada em depoimento nesta terça-feira (19), na sede da Polícia Federal em Brasília, como parte das investigações da Operação Contragolpe.
“Ele não sabe de nada”, afirma advogada
Cid compareceu à PF acompanhado por sua advogada, Vania Bittencourt, que reforçou a inocência de seu cliente. “Ele alegou desconhecimento. [Ele] não sabe mesmo. Desse [caso], ele não participou. O que ele não sabe, não pode dizer”, declarou Bittencourt.
O depoimento de Cid começou com atraso porque o delegado responsável estava em deslocamento do Rio de Janeiro para Brasília. Ainda assim, a defesa acredita que sua postura colaborativa ajudará a manter o acordo de delação premiada firmado em setembro de 2023.
Quem são os acusados?
A Operação Contragolpe resultou na prisão de cinco suspeitos e na imposição de 15 medidas cautelares em estados como Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Entre os alvos estão:
- General da reserva Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência no governo Bolsonaro;
- Tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, ex-comandante da 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus;
- Major Rafael Martins de Oliveira, acusado de negociar pagamentos com Mauro Cid para financiar protestos em Brasília;
- Major Rodrigo Bezerra Azevedo;
- Policial federal Wladimir Matos Soares.
Os suspeitos são acusados de articular ataques contra figuras públicas em 2022, com base em documentos e dados recuperados, incluindo materiais supostamente apagados dos aparelhos eletrônicos de Cid.
Impacto na delação premiada
Apesar de negar envolvimento, Cid enfrenta pressão devido às suspeitas de omissão de informações relevantes em seu acordo de delação premiada. Questionada sobre o futuro do acordo, Vania Bittencourt declarou: “Ele vai e fala o que sabe. Não tem como inventar. Acreditamos que o acordo vai ser mantido.”
Com as investigações avançando, resta saber se a justiça conseguirá provar as acusações ou se Mauro Cid seguirá sustentando sua inocência.
Com informações de Hora Brasília
Conteúdo produzido com auxílio de IA.
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