A população mais afetada está concentrada na Região Metropolitana (2,6 milhões) e no Vale dos Sinos (1,5 milhões), as áreas mais habitadas do estado.
Um novo estudo divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), divulgado no dia 13 de maio, revelou que 94,3% das atividades econômicas do estado foram afetadas de alguma forma pelos alagamentos, deslizamentos e consequências das fortes chuvas.
Considerada a pior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, as chuvas, que começaram no final de abril, continuam assolando diversas regiões do estado até hoje (15/05).
Os danos causados pelas chuvas são devastadores, com relatos de mortes em toda a parte. Segundo a Defesa Civil do Rio Grande do Sul, até o momento da publicação desta matéria, 446 municípios foram afetados, com 76.884 pessoas em abrigos, 538.545 desalojados, 806 feridos, além de 124 desaparecidos e 148 mortos.
Os desastres também resultaram na destruição de moradias, estradas e pontes, causando a interdição de vias públicas e dificultando o transporte de alimentos para a região afetada, bem como a saída de produtos, como é o caso dos estoques de arroz parados no estado.
Setor econômico
O impacto econômico foi severo em várias regiões:
- Região da Serra: destaque para os segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis;
- Região Metropolitana de Porto Alegre: com ênfase nos segmentos metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados do petróleo e alimentos;
- Região do Vale dos Sinos: com destaque para a produção de calçados;
- Região do Vale do Rio Pardo: com produção nos segmentos de alimentos (carnes, massas) e tabaco;
- Região do Vale do Taquari: produção nos segmentos de alimentos (carnes), calçados e químicos.
A população mais afetada está concentrada na Região Metropolitana (2,6 milhões) e no Vale dos Sinos (1,5 milhões), as áreas mais habitadas do estado.
Quanto à atividade econômica, as três regiões com maior potencialmente impacto no Valor Adicionado Bruto (VAB) são: Metropolitana (R$108 bilhões), Vale dos Sinos (R$65 bilhões), Serra (R$47 bilhões) e Planalto (R$46 bilhões).
Em relação ao VAB da Indústria, as regiões com maior atividade potencialmente afetada foram: Vale dos Sinos (R$25 bilhões), Metropolitana (R$17 bilhões), Vale do Taquari (R$16 bilhões) e Serra (R$15 bilhões).
É importante ressaltar que esses dados continuarão sendo atualizados e podem ser encontrados no site da FIERGS.
Com informações da Revista Exílio