Veja quem deve ser ouvido nesta terça no interrogatório sobre a trama golpista

Interrogatório sobre a trama golpista: quem deve ser ouvido?
Nesta terça-feira, dia 10, o Supremo Tribunal Federal (STF) continua os interrogatórios de ex-integrantes do governo de Jair Bolsonaro. Esses indivíduos são acusados de fazer parte de uma trama golpista que visava mantê-lo na presidência após a derrota nas eleições de 2022. O foco de hoje estará em dois nomes de peso: o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.
O que aconteceu até agora?
Os depoimentos começaram na segunda-feira, dia 9, com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e delator do caso, e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O ambiente do STF foi adaptado para essas oitivas, que ocorrem presencialmente na sala de sessões da Primeira Turma.
A ordem dos depoimentos segue um critério alfabético, exceto para Mauro Cid, ouvido primeiro por sua colaboração nas investigações. Essa estratégia visa reconstruir a dinâmica interna do governo e entender o papel das Forças Armadas no suposto plano para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
O que esperar dos depoimentos de hoje?
Os depoimentos de hoje são cruciais para a investigação. A expectativa é que ajudem a esclarecer a estrutura organizacional do grupo que, segundo a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), montou um plano para promover um golpe de Estado e abalar o Estado Democrático de Direito. Os acusados fazem parte do chamado “núcleo central” da trama.
Aqui está um resumo dos depoimentos que ocorrerão:
Data | Nome | Cargo |
---|---|---|
10 de Outubro | Almir Garnier Santos | Ex-comandante da Marinha |
10 de Outubro | Anderson Torres | Ex-ministro da Justiça |
O que dizem as investigações?
A investigação do STF aponta que o grupo estava organizado para manter Bolsonaro no poder de forma ilegítima. As evidências sugerem que estavam prontos para agir contra a vontade popular expressa nas urnas. Isso levanta questões sobre a democracia e a legitimidade das ações do governo anterior.
Reações e expectativas
A reação de Bolsonaro durante o interrogatório de Mauro Cid foi observada com atenção. Ele e Mauro se cumprimentaram antes do início do depoimento, gerando especulações sobre o estado de espírito do ex-presidente. Bolsonaro convocou seus apoiadores a assistirem ao interrogatório, mas destacou que não iria lacrar no STF.
O que vem a seguir?
Até sexta-feira, dia 13, outros réus ainda devem ser ouvidos, e a expectativa é que mais informações venham à tona. O STF trabalha para esclarecer todos os detalhes dessa trama que, segundo as investigações, comprometeu a democracia do país.