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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), criticou duramente a abordagem do governo Lula (PT) no enfrentamento à criminalidade.
Em um vídeo postado nas redes sociais neste sábado (02), Zema afirmou que a segurança pública no Brasil carece de ações práticas, não de discussões, aludindo aos recentes debates conduzidos pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em Brasília.
Segundo o governador, uma proposta apresentada em março por ele e por outros governadores das regiões Sul e Sudeste não avançou, reforçando a necessidade do que chamou de “resgate da credibilidade” no sistema judiciário brasileiro.
Zema começou sua fala com um tom incisivo: “(criminalidade se vence com ação, e não com debate.” Ele enfatizou: “E hoje, no Brasil, nós temos aí cerca de 40.000 homicídios por ano. Mata-se muito mais aqui no Brasil do que em muitas guerras. E o que nós temos visto é um governo que tem procurado debater sobre o crime e não combater o crime. Por esse motivo mesmo eu não fui a Brasília nessa última quinta-feira, porque, inclusive, estive lá no dia 26 de março junto com os governadores do Sul e do Sudeste levando propostas concretas que servem para combater a criminalidade. Não tivemos nenhuma resposta depois de 7 meses”, relatou.
Na mesma semana, Lewandowski apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, que prevê maior controle da União no combate ao crime organizado em todas as unidades da federação. Zema não expressou apoio nem rejeição à proposta, mas defendeu que o primeiro passo para combater a criminalidade deve ser, segundo ele, “fazer o básico.”
“O básico o que que é? É colocar atrás das grades aquele que é criminoso. Aqui no Brasil nós temos criminosos que roubam uma, duas, três, cinco, dez, vinte vezes e continuam soltos. Fazer o básico, na minha opinião, é o primeiro passo. Isso desmotiva a nossa polícia, que prende também cinco, dez vezes, e vê o criminoso solto novamente. Isso é uma ducha de água fria no ânimo das polícias. É preciso mudar esta regra, endurecer esta regra. E debate, como eu falei, pouco serve enquanto este tipo de fato estiver acontecendo”, declarou.
Zema decidiu não participar da reunião convocada pelo ministro para apresentação da PEC por discordar de alguns pontos. No entanto, destacou que a segurança pública permanece como prioridade e que deseja contribuir para aprimorar o debate sobre o tema.
Fonte: DIREITA ON-LINE